A primeira vez que vi o Twin Peaks, tinha apenas 10 anos mas lembro-me bem desta série na TV. O Bob continua a ser o meu vilão favorito. É assustador! Durante anos, a sua imagem perseguiu-me...
Mas também o que seria de esperar se considerarmos que o realizador desta obra-prima é David Lynch, o homem dos mil e um sonhos? Muitas vezes as suas histórias estão recheadas de elementos bizarros (e personagens ainda mais estranhas) que as tornam quase sempre incompreensíveis, mas no Twin Peaks não é só isso. Os décors criados são demais e a música acaba também por se tornar numa espécie de personagem que o realizador molda como quer. Quanto às personagens, bem, o melhor é nem entrar por aí porque todas elas têm o seu lado obscuro, ou devo dizer, bizarro? O Cooper vai recebendo pistas através dos sonhos e é senhor dum raciocínio extraordinário; a Laura Palmer, apesar de morrer no primeiro episódio, arranja uma bela maneira de continuar ligada a toda a gente da pequena localidade perto da fronteira entre os States e o Canadá. E nem sequer falo dos ilustres progenitores da Laura...Digamos que, se vivermos em Twin Peaks, ser normal é algo praticamente impossível...
Esta sequência é do sonho do Cooper no Red Room quando ele descobre quem é o assassino da Laura Palmer. Uma das particularidades deste excerto, é o facto do anão e da defunta falarem com o Cooper duma maneira esquisita...É esquisita porque foi toda filmada de trás para a frente. Se repararem bem nos gestos das personagens perceberão.
Existe outra cena também, na primeira série (acho eu), onde a Audrey Horne, a menina que andava sempre a tentar o Cooper, mete uma moeda na juke-box e dança no dinner ao som duma música instrumental, com um baixo excelente! Recomendo vivamente a banda sonora, a série e o filme Fire walk with me, mas não tomem nada que possa alterar a vossa percepção antes. Vão precisar de todos os neurónios a funcionar!
Já agora, quem é que se lembra do assassino da Laura Palmer? Eu dou uma pista: as aparências iludem...
Sim, sei q é crime, mas n conheço! tenho que me cultivar!