Em Portugal anda tudo louco com o referendo sobre a despenalização do aborto. "Escolhe o sim"," Escolhe o não" ou "Escolhe o talvez"! Bem, o talvez, talvez não exista mas já não deve faltar muito para que alguém se lembre de colocar um outdoor na segunda circular com essa opção e andar por aí a recolher assinaturas.
Tenho pensado muito sobre este assunto e, por mais argumentos que me apresentem, continuo a escolher o sim. Escolho o sim porque acho que nós, mulheres, deviamos ter o poder de escolha. Afinal, o corpo é nosso, não é?
Com a Igreja é sempre a mesma história: são contra tudo e mais alguma coisa e vivem ainda no século passado. Depois temos mais uns quantos que defendem que se fizermos um aborto, estamos a matar uma vida. Se calhar é melhor deixar o embrião desenvolver-se, tornar-se um feto e depois nascer para ser rejeitado pela mãe... Ou talvez seja melhor recorrer a uma clinica para fazer um aborto clandestino, arriscando a própria vida. Nos primeiros dois meses de gestação, o embrião nem sequer tem o coração formado.
Não defendo o aborto desenfreado mas há que reconhecer que existem muitas situações em que ele devia ser permitido: malformações do feto, violação, situação de risco para a mãe e dificuldades económicas para manter a criança.
Eu gostaria de ajudar o SIM a ganhar mas, infelizmente, não vou poder ir votar...Devido a um pequeno problema técnico, os emigrantes recenseados no estrangeiro não podem dar o seu contributo.Dizem que não está previsto na lei...Podemos escolher o palhaço que nos representa cá fora durante 5 anos mas não podemos votar numa alteração de lei! Grrrrrrrrrrrrr!!!! Sendo emigrante, a única maneira de conseguir votar é estar recenseada em Portugal e pagar uma viagem Bxl-Lx ida e volta.
Labels: Lisboa, Noticias
Good post.