Gostava que o George W. Bush fosse esbofeteado até deslocar o maxilar. Também gostaria que o Pai Natal existisse mesmo e distribuisse prendas todos os dias, assim sim, teriamos um Natal que duraria o ano todo!
Vacúo
Porque é que as vozes não falam comigo? Todos os dias tenho que as ouvir mas elas ignoram-me. Não querem saber de mim..Snif Snif...Será¡ que algum dia falarão comigo?
Sunday, April 26, 2009,02:00
25 de Abril 2009 - 35 anos depois
Ainda não foi desta que andei metida no meio do povo, da confusão, mas ainda não perdi a esperança de o fazer! Talvez para o ano, quem sabe?
Há um ano atrás, lembro-me de ter percorrido várias floristas de Bruxelas em busca dum cravo...o mais caricato é que nem era assim tão complicado encontrá-los, só que eu escolhi uma má hora para os procurar! Chegando a uma florista, perguntava por cravos (oeillets) e logo a senhora perguntava: "Portugaise?" Bah ouais, bien sûr!
Se eu fosse uma personagem dum filme de animação...
Não sou grande fã dos filmes de animação da Pixar, Dreamworks e afins mas se tivesse que escolher alguma personagem desses filmes, seria o Rico, o pinguim explosivo!!! Confesso que foi amor á primeira vista...
Confesso que já tinha saudades de andar no eléctrico 28.
Hoje, como andava perdida por Lisboa bem cedo, decidi aventurar-me e ir até á Feira da Ladra. Arranjei um camarada para me acompanhar nesta epopeia mirabolante e lá fui eu, desde o Chiado até á feira.
Como sempre, esperámos... e esperámos... e (des)esperámos por um 28. Toda a gente sabe que não é a carreira da Carris mais assídua e que ás vezes esperamos 30min e de repente, vêm logo 3 ou 4 eléctricos de seguida! Foi o que aconteceu hoje. Afinal a tradição ainda é o que era! E upa, lá fomos nós! Quem ande por Lisboa, sobretudo pela zona da Baixa, apercebe-se que há cada vez mais turistas nesta cidade. São alemães, franceses, ingleses, (muitos) espanhóis e muitas outras nacionalidades. O 28 é das carreiras mais frequentadas por estes seres. Mas isso, eu até percebo. O caminho é brutal! Sobe-se a rua da Madalena, passando pela Sé e pelo miradouro de Santa Luzia (um dos miradouros mais bonitos de Lisboa), miradouro de São Vicente de Fora e pelas ruas de Alfama até á Graça (eu sei, eu sei, ás vezes vai até ao Martim Moniz mas isso hoje não é relevante). Descemos no Largo de São Vicente.
Hoje a feira estava em grande! Haviam imensas bancas e muita gente interessada em comprar e vender (Crise??Qual crise??). Logo que chegámos, deparámo-nos com uma personagem que trazia uma bicicleta de montanha e ia descendo pela feira a passo apressado enquanto gritava: "20€!20€". Provavelmente ainda fugia do dono da bicicleta! Mais á frente, uma banca que vendia filmes XXX com uma senhora dos seus 70 e tal anos a tomar conta do estaminé (senhora essa que parecia uma avózinha...). Duas ou três bancas a seguir, uma manta no chão com alguns livros e fotos de homens nus em posições muito...(no minimo) naturais! Passámos também pelo "clássico da feira", a loja do exército com os seus cintos coloridos (duvido que no exército seja permitido usar tais cores) e t-shirts caricatas. Tive pena de não ver a t-shirt que mais me cativava naquela banca há uns anos atrás. Era uma t-shirt preta onde estava escrito: Bóinas Verdes nunca morrem, reagrupam-se no Inferno (Quando a vi, lembro-me de ter pensado que ser Bóina Verde até não devia ser mau...). Passámos por uma banca onde um velho dizia á vizinha da banca ao lado que á noite tinha que dormir com a porta fechada porque tinha medo que ela lhe entrasse no quarto com uma faca! Explorámos também a banca dos ténis. Quem quiser comprar ADIDAS pode fazê-lo na feira, precisa é de calçar um 43 no mínimo! Nesta altura, tivemos outra visão...Um senhor que procurava algo numas caixas ali perto, fez o favor de nos mostrar o seu rego bem peludo...Mas será que os portugueses julgam que isso é sexy???? Já mais recuperados, decidimos ir beber um cafezito ali perto (infelizmente, o jardim da feira está fechado). Mais uma vez, fomos confrontados com algumas personagens típicas: o velhote duma das bancas que fumava um senhor charro, o casal de velhotes que discutia enquantro mudavam de mesa e o empregado que descrevia chamussas a uns espanhóis como picantes...E para bom entendedor, meia palavra basta! Tudo isto foi acompanhado pela banda sonora típica dum dia de feira, com a Ámalia a cantar o fado (tivemos quase para a ir visitar ao Panteão mas isso fica para outro dia)! Depois de todas estas peripécias, decidimos descer até ao Martim Moniz para ir comer o pão chinês (uma descoberta recente) e a "pizza" chinesa. Depois de saciar a fome, fomos apanhar o 28 novamente, fazendo o trajecto inverso e deliciando os estrangeiros que nos acompanhavam com música boa:
Dans le port d`Amsterdam Y a des marins qui chantent Les rêves qui les hantent Au large d`Amsterdam Dans le port d`Amsterdam Y a des marins qui dorment Comme des oriflammes Le long des berges mornes Dans le port d`Amsterdam Y a des marins qui meurent Pleins de bière et de drames Aux premières lueurs Mais dans le port d`Amsterdam Y a des marins qui naissent Dans la chaleur épaisse Des langueurs océanes
Dans le port d`Amsterdam Y a des marins qui mangent Sur des nappes trop blanches Des poissons ruisselants Ils vous montrent des dents A croquer la fortune A décroisser la lune A bouffer des haubans Et ça sent la morue Jusque dans le coeur des frites Que leurs grosses mains invitent A revenir en plus Puis se lèvent en riant Dans un bruit de tempête Referment leur braguette Et sortent en rotant
Dans le port d`Amsterdam Y a des marins qui dansent En se frottant la panse Sur la panse des femmes Et ils tournent et ils dansent Comme des soleils crachés Dans le son déchiré D`un accordéon rance Ils se tordent le cou Pour mieux s`entendre rire Jusqu`à ce que tout à coup L`accordéon expire Alors le geste grave Alors le regard fier Ils ramènent leur batave Jusqu`en pleine lumière
Dans le port d`Amsterdam Y a des marins qui boivent Et qui boivent et reboivent Et qui reboivent encore Ils boivent à la santé Des putains d`Amsterdam De Hambourg ou d`ailleurs Enfin ils boivent aux dames Qui leur donnent leur joli corps Qui leur donnent leur vertu Pour une pièce en or Et quand ils ont bien bu Se plantent le nez au ciel Se mouchent dans les étoiles Et ils pissent comme je pleure Sur les femmes infidèles Dans le port d`Amsterdam Dans le port d`Amsterdam.