Parabéns a você, nesta data queridaLabels: unknown people
Bem, quem me conhece, sabe que sou uma grande fã de BD americana. Cresci a ler livros do Capitão América, Homem-Aranha, X-men, Demolidor, etc.. Primeiro em brasileiro (Editora Abril) e depois em inglês. Mas os meus favoritos continuam a ser os X-men (foi amor à primeira vista com o Gambit...).O problema destes filmes podia ser só o argumento mas infelizmente não é esse o caso. Anda tudo louco em Hollywood! Cada vez mais, esta industria me irrita. Nos últimos anos, só saem adaptações de livros ou remakes (sobretudo de filmes japoneses: The Ring, The Grudge, etc.)...Onde estão os argumentos originais? Ok, eles existem mas em número tão reduzido...
E todos os filmes têm que ser feitos recorrendo á mais recente tecnologia que é usada como se não houvesse amanhã! Com tantos recursos, porque é que fazem filmes como os actuais, onde as personagens não têm densidade nenhuma, os planos são cada vez mais espectaculares para mostrar o último grito de tecnologia visual mas também não têm substância alguma? Parece uma competição entre grandes companhias: “Olha, olha, o que eu posso fazer com a minha nova máquina!”. É tudo tão plástico e desprovido de alma...
Mas como toda a gente sabe, money makes the world go round, por isso, enquanto for brutalmente rentável, porquê parar?
Eu gostava era de ter visto o João César Monteiro em Hollywood! Gostaria de ver a cara dos produtores quando ele lhes mostrasse o Branca de Neve! Priceless!
Devo dizer que ter a RTPi me deixa extremamente contente pois posso acompanhar um pouco do que se passa por terras lusas, apesar da sua qualidade ser, por vezes, muito duvidosa. Tem dos spots publicitários mais porreiros que eu já alguma vez: Venha ao Helder blá blá para comprar o seu carro usado, agrade a prima, a tia, a sobrinha, venha ao Helder blá blá....Entre outros. Também a nivel de programas, tem muito que se lhe diga (ás vezes não sei o que se passa na cabeça do director de programas...). É cada pérola!Labels: tv
Tal como dizia no penúltimo post, quando ainda estávamos em Abril, mês que precede Março e antecede Maio, existe uma data que não pode ser esquecida por nenhum português: o 25 de Abril de 1974. Eu sei que já venho tarde mas como se diz lá na terra, mais vale tarde do que nunca! Por isso, decidi partilhar convosco uma parte da minha pesquisa, feita nessa altura, um pouco por curiosidade e um pouco por necessidade. E a não esquecer que este fim-de-semana, há festarola aqui!16 de Março
Tentativa de golpe militar contra o regime. Só o Regimento de Infantaria 5 das Caldas da Rainha marcha sobre Lisboa. O golpe falhou. São presos cerca de 200 militares.
24 de Março
Última reunião clandestina da Comissão Coordenadora do MFA, na qual foi decidido o derrube do regime e o golpe militar.
23 de Abril
Otelo Saraiva de Carvalho entrega, a capitães mensageiros, sobrescritos fechados contendo as instruções para as acções a desencadear na noite de 24 para 25 e um exemplar do jornal a Época, como identificação, destinada às unidades participantes.
24 de Abril
O jornal República, em breve notícia, chama a atenção dos seus leitores para a emissão do programa Limite dessa noite, na Rádio Renascença .
24 de Abril - 22:00 horas
Otelo Saraiva de Carvalho e outros cinco oficiais ligados ao MFA já estão no Regimento de Engenharia 1 na Pontinha onde, desde a véspera, fora clandestinamente preparado o Posto de Comando do Movimento. Será ele a comandar as operações militares contra o regime.
24 de Abril - 22:55 horas
A transmissão da canção " E depois do Adeus ", interpretada por Paulo de Carvalho, aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, marca o início das operações militares contra o regime.
25 de Abril - 00:20 horas
A transmissão da canção " Grândola Vila Morena " de José Afonso, no programa Limite da Rádio Renascença, é a senha escolhida pelo MFA, como sinal de confirmação de que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis.
25 de Abril - Das 00:30 às 16:00 horas
Ocupação de pontos estratégicos considerados fundamentais ( RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Aeroporto de Lisboa, Quartel General, Estado Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi). Primeiro Comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português. Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém estacionam no Terreiro do Paço. As forças paramilitares leais ao regime começam a render-se: a Legião Portuguesa é a primeira. Desde a primeira hora o povo vem para a rua para expressar a sua alegria. Início do cerco ao Quartel do Carmo, chefiado por Salgueiro Maia, entre milhares de pessoas que apoiavam os militares revoltosos. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano e dois ministros do seu Gabinete.
25 de Abril - 16:30 horas
Expirado o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede a comparência no Quartel do Carmo de um oficial do MFA de patente não inferior a coronel.
25 de Abril - 17:45 horas
Spínola, mandatado pelo MFA entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo. O Quartel do Carmo hasteia a bandeira branca.
25 de Abril - 19:30 horas
Rendição de Marcelo Caetano. A chaimite BULA entra no Quartel para retirar o ex-presidente do Conselho e os ministros que o acompanhavam, levando-os, à guarda do MFA para o Posto de Comando do Movimento no Quartel da Pontinha.
25 de Abril - 20:00 horas
Disparos de elementos da PIDE/DGS sobre manifestantes que começavam a afluir à sede daquela polícia na Rua António Maria Cardoso, fazem quatro mortos e 45 feridos.
26 de Abril
A PIDE/DGS rende-se após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais, director daquela corporação. Apresentação da Junta de Salvação Nacional ao país, perante as câmaras da RTP. Por ordem do MFA, Marcelo Caetano, Américo Tomás, César Moreira Baptista e outros elementos afectos ao antigo regime, são enviados para a Madeira. O General Spínola é designado Presidente da República. Libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.
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